Campanha para bibliotecas afetadas pela enchente no RS deve atender até 100 instituições com mais de R$ 500 mil doados
11/09/2024
Clube dos Editores do Rio Grande do Sul selecionou mais de mais de 250 títulos de 22 editoras afetadas pela tragédia climática. Entrega das obras será realizada durante a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre. Escola em Canoas perdeu 40 mil livros com enchente que atingiu o RS
Reprodução/ RBS TV
O Clube dos Editores do Rio Grande do Sul lançou a campanha "Final Feliz RS" para apoiar as bibliotecas escolares e comunitárias que foram afetadas pela enchente que atingiu o estado gaúcho no mês de maio. A campanha, que já ultrapassou a meta inicial de R$ 500 mil, deve atender até 100 bibliotecas.
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Até a noite de terça-feira (10), o projeto, que arrecada contribuições pela internet, tinha conseguido R$ 506.653, sendo que 84% do valor será destinado à compra de livros diretamente de 22 editoras gaúchas atingidas pelas cheias, e o restante utilizado para logística e taxas. À medida que o financiamento avança, há a possibilidade de incluir mais instituições no projeto.
A seleção dos livros envolveu mais de 250 títulos, organizados em kits que atendem às diferentes etapas educacionais. As obras foram escolhidas de acordo com o perfil dos leitores das bibliotecas que receberão os kits.
"A gente quer que essa literatura de qualidade de livros novos escolhidos com curadoria dos editores chegue nas escolas, então para as crianças terem acesso a esses livros, livros novos pensados para eles, para as idades", explica Fernanda Mentz Scherer, representante da diretoria do Clube dos Editores.
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A entrega dos livros será realizada durante a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorrerá de 1º a 20 de novembro de 2024.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo I, em Canoas, perdeu quase 40 mil livros, por exemplo. A biblioteca da Instituição teve água até o teto.
"Nós tínhamos projetos de literatura, onde os alunos tinham espaço, momento para ler. Então eles podiam levar esse livro para a sala e ler. A gente tinha um cuidado bem especial, tinha bastante literatura para eles poderem se apropriar, quadrinhos infantis, livros de literatura", conta o diretor Oberdan Peres.
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